quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vivemos sozinhos em nosso universo.
Nos rendemos a convenções que atingem a camada superficial de nossa existência, contudo não partilhamos o que temos em essência.
Inibimos alguns de nossos instintos primários, criamos alguns fictícios, e nos convencemos que nossa existência se resume a essa camada superficial, se resume a “ponta do ice Berg”.
Contudo, somos mais que isso.
Temos maior profundeza, na qual nem nos mesmos podemos mergulhar, quem dirá partilhar esse universo desconhecido com alguém, impossível!!!!
De fato, talvez por um efeito Hollywoodiano, acreditamos na forma mais superficial dessa existência, em emoções e instintos moldados de forma dramática, trágica ou até mesmo cômica, herança grega piorada ao passar dos anos para ser vendida em potes.
Não nos enganemos senhores, vivemos sozinhos, algumas vezes com a “sensação” de estarmos acompanhados.

2 comentários:

  1. a existência precede a essência, diria o tal do Sartre! :p

    somos, mas o que? geralmente nada do que dizem que somos; nada que nos ensinam que somos; nada que dez laudas de descrições diriam que somos.E mais do que isso, não sabemos também como devemos ser, ao menos de modo a priori. Estamos no mundo, e somente a explicação de uma causa ou de um fim não nos livra da angústia de estarmos aqui sem poder aferir esta causa, sem poder, se formos corajosos o bastante para admitir, garantir um fim para onde devemos nos guiar. É, realmente estamos sós.

    Mas sou mais otimista. A partir desta constatação é que as coisas melhoram. Não sabemos o que somos e o que devemos ser, e justamente por isso temos a possibilidade de nos pensar e nos criar - sem preconceitos. A solidão traz desampara e angústia, parafraseio o francês, mas traz tb liberdade. E, libertos para nos escolher, acabamos escolhendo por toda a humanidade, e ae já não somos tão sós assim. Se há um certo, ele não pode ser certo somente para mim, tem que ser certo também para o outro. Passamos então a sermos legisladores universais, garantindo significados que transcendem a condição solitária do homem.

    Isso foi mais ou menos um resumo do "o existencialismo é um humanismo", do Sartre. Mas achei que tem tudo a ver com o post. Se puder ler, acho que vais gostar. Tem nesse link aqui, é bem curtinho:

    http://stoa.usp.br/alexccarneiro/files/-1/4529/sartre_exitencialismo_humanismo.pdf

    abraços

    ResponderExcluir
  2. Obrigado pelo comentario Guerreiro quase mestre, vou ler sim.
    Valeu!!!

    ResponderExcluir